Cineclube Albardeira | Réplica Original
04 + 11 + 18 + 25 Nov | 21:00 | 3€
Cinema | Sala Principal TMO
Em novembro, o Cineclube Albardeira esgravata o buraco entre realidade e simulacro. Atenção: este não é cinema de contrafação. São filmes que dão o dito pelo não dito, que fazem da encenação um fetiche, que duvidam da verdade alegadamente histórica, que romantizam o sonho e descobrem nele o maior pesadelo de todos. Um ciclo pelas lentes de Orson Welles, David Cronenberg, José Filipe Costa e David Lynch.
04 NOV | F DE FRAUDE (1973, ORSON WELLES)

Se o cinema finge uma realidade, será o cineasta um charlatão? Orson Welles, realizador do maior clássico do cinema (Citizen Kane: O Mundo a Seus Pés), tem algo a dizer sobre isso. Um documentário desregrado e brincalhão, que parte da história de Elmyr de Hory, um falsificador de arte mundialmente conhecido, para falar de todo o tipo de falcatrueiros… incluindo o próprio Welles.
11 NOV | CRASH (1996, DAVID CRONENBERG) – ESCOLHA DO PÚBLICO

Quando o Cine-Teatro de Ourém projetou Crash em 1996, não estava garantido o estatuto de clássico: este drama psicossexual teve de sobreviver ao escândalo e às tentativas de censura. Esta é a história de um casal que procura reavivar a atração perdida – e que se junta a um grupo obcecado com a recriação de acidentes de carro. É um thriller erótico, mas a partir do olho clínico de David Cronenberg: metálico, perturbador, inesquecível.
18 NOV | LINHA VERMELHA (2011, JOSÉ FILIPE COSTA) – SEGUIDO DE CONVERSA COM O REALIZADOR

Em 1975, a equipa de Thomas Harlan filmou a ocupação da herdade da Torre Bela, no centro de Portugal. 35 anos depois, José Filipe Costa revisita esse filme emblemático do período revolucionário português. De que forma interveio Harlan nos acontecimentos que pareciam desenrolar-se naturalmente em frente à câmara? Qual foi o impacto do filme na vida dos ocupantes e na memória desse período?
25 NOV | MULHOLLAND DRIVE (2001, DAVID LYNCH)

Betty Elms, recém-chegada a Hollywood para se tornar uma estrela de cinema, conhece uma enigmática mulher com amnésia. Enquanto as duas tentam desvendar a identidade da segunda mulher, o cineasta Adam Kesher depara-se com problemas sinistros durante o casting do seu último projeto. Uma matrioshka de mistérios; a visão sedutora e assustadora de David Lynch da fábrica de sonhos que é Los Angeles.

Inscrições disponíveis em: https://bit.ly/m/TMO
Conversas de Boca Aberta são uma série de encontros que visam pensar e potenciar as relações entre instituições culturais e educativas, através da partilha de experiências, práticas e conhecimentos. Coorganizadas pela equipa do D. Maria II, pelo Plano Nacional das Artes e pelo Município de Ourém, estas conversas convocam os agentes das áreas da cultura e da educação locais, contribuindo para o desenvolvimento do projeto Boca Aberta na região.
Esta iniciativa de acesso gratuito é dirigida a agentes da cultura e educação (técnicos de equipamentos culturais, profissionais de educação e mediação cultural, encarregados de educação, programadores e artistas), e a próxima sessão no TMO, com o tema “A educação de pernas para o ar: e se aprendêssemos de outra forma?”, será dirigida por Amábile Bezzinelli.
“E se, em vez de um modelo tradicional, pensássemos a educação e a cultura como um espaço vivo de criação, experimentação e expressão? Esta conversa propõe uma reflexão sobre como pode a relação entre a educação e as artes fazer surgir novos processos de aprendizagem, conectando arte, educação e comunidade. Inspirados por boas práticas e desafios, vamos discutir como este movimento está já a acontecer, como escolas e espaços culturais podem trabalhar juntos e que instrumentos são necessários para transformar esses espaços. Afinal, virar a escola e os espaços culturais de pernas para o ar pode ser o primeiro passo para construir o futuro da educação e da cultura.”
Biografia: Amábile Maria é licenciada em Teatro e Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em Educação de Adultos e Desenvolvimento Local pela ESEC – IPC. Foi premiada pela Bolsa de Mobilidade Ibero-Americana Santander, tendo realizado intercâmbio em Ciências da Educação na Universidade de Coimbra (FPCEUC). No Brasil, atuou como artista e formadora em projetos voltados à mediação cultural e ao teatro popular, com destaque para o Programa Residência Pedagógica – CAPES e o Programa de Qualificação em Artes – POIESIS. Atualmente, é Artista Residente no Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, onde desenvolve o projeto Sala de Processos, centrado em Práticas Artísticas Comunitárias no contexto escolar.
Boca Aberta é uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI, e em parceria com o Plano Nacional das Artes e os Municípios de Lagos, Ourém e Ponte de Lima.

Após 5 anos de Alcateia com esta direção artística, fazia sentido olhar para o que já foi feito e combinar tudo naquilo que chamámos, um género de espetáculo de variedades.
Antes o Passado, promete trazer risos, memórias e momentos de introspecção.
Classificação etária: M/12
Duração: 60 min.

Numa empresa provinciana onde convivem patrões, empregados e familiares intrometidos, um simples anúncio para contratar uma dactilógrafa desencadeia uma série de mal-entendidos, ciúmes e escândalos. Entre sogras autoritárias, noivos amedrontados e um tio boémio, a comédia revela com ironia que as aparências nem sempre são a realidade.
Classificação etária: M/12
Duração: 110 min. (com Intervalo)

Mais do que uma etapa da vida, o envelhecimento é um fenómeno universal que se desdobra em múltiplas dimensões — física, psicológica, social e cultural. hOLD parte da experiência de duas bailarinas-intérpretes profissionais, ambas perto dos 50 anos, que propõem uma escuta sensível sobre a consciência de uma transição que acontece maioritariamente no corpo, mas, simultaneamente, reconhecendo o envelhecimento não apenas como uma questão biológica, mas como construção social com implicações éticas e existenciais.
Entre o desejo de segurar o instante e a aceitação da inevitabilidade da mudança, esta peça investiga o envelhecer como campo fértil para a criação de novas narrativas e representações no futuro.
PLAY FALSE | associação cultural foi fundada em 2019 por São Castro e António M Cabrita, com o objetivo de representar o trabalho autoral destes dois coreógrafos, com uma colaboração artística desde 2011. Atualmente com direção artística de São Castro, a Play False é uma estrutura que promove não apenas a criação coreográfica, mas também a difusão, produção e investigação maioritariamente na área da dança, mas alargando a sua missão a projetos multidisciplinares que fomentem o cruzamento de linguagens artísticas. Desde 2019, é membro da rede internacional Studiotrade, que reúne estruturas artísticas de vários países europeus.
Classificação etária: M/6
Duração: 55 min. (aprox.)
José Cid – Voz e Piano
19 Nov | 21:30 | 10€ (a reverter a favor dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Ourém)
Música | Sala Principal TMO

Criador de verdadeiros clássicos da música portuguesa (“20 anos”, “Cai neve em Nova York” “Um grande, grande amor”, “Minha música”, “A rosa que te dei”, “Ontem, hoje e amanhã”, entre muitos outros), José Cid conta já com mais de 60 anos de carreira, 25 discos de prata, 8 de ouro, 3 de platina e inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro.
Mas a vontade de tocar mantém-se inalterada, como o demonstra o concerto solidário que o músico ribatejano traz ao Teatro Municipal de Ourém no dia 19 de novembro, cujas receitas vão reverter para os Bombeiros Voluntários do Concelho de Ourém.
Compre já o seu bilhete e garanta lugar neste espetáculo solidário, que será também uma celebração da vida e carreira de um dos autores mais acarinhados do país, cujo contributo para a música portuguesa será lembrado para sempre!

“Antes da chuva sopra o vento” é um espetáculo para todas as infâncias que cruza a dança contemporânea e a informática musical com instrumentos musicais experimentais e objetos sonoros criados a partir de árvores, rochas, água e outros materiais naturais. Continua a pesquisa acerca das possibilidades sonoras, expressivas e simbólicas dos elementos do mundo animal, vegetal e mineral, usando os corpos e o movimento dos três intérpretes e do público como instrumentos musicais que exploram o som de matérias e fenómenos naturais, bem como vozes e sons do corpo humano.
“No início, éramos todas e todos o mesmo ser vivo. Compartilhámos o mesmo corpo e a mesma experiência. Desde então, as coisas não mudaram tanto. Multiplicamos as formas e maneiras de existir. Mas ainda hoje somos a mesma vida. Há milhões de anos, essa vida transmite-se de corpo em corpos, de indivíduo em indivíduos, de espécie em espécies, de reino em reino. Certamente, ela desloca, transforma- se. Mas a vida de cada ser vivo não começa com seu próprio nascimento: ela é muito mais antiga.” in Metamorfoses, de Emanuele Coccia.
Classificação etária: Para Todos
Duração: 50 minutos

É A ESTREIA da peça e a estreia do grupo, uma comédia cheia de enredos, mentiras e traições, surpresas, mistérios e onde até a música e a dança têm espaço! Este espetáculo junta pela primeira vez em palco os 24 elementos do grupo de teatro AMITAF e promete ser o início de “algo que tem tudo para correr mal”! Mas será que vai ser mesmo assim? Vamos dar uma pista, é um 3 em 1…

EXCESSO é uma nova criação de Ana Luena & José Miguel Soares, com texto original de Manuela Leitão, dirigida sobretudo a crianças, que expõe, desafia e promove o debate, com o seu público, sobre questões ecológicas através de uma linguagem poética e visual. O projeto inspira-se na vida contemporânea e nos comportamentos coletivos e individuais para uma reflexão sobre o futuro. A performance interativa EXCESSO convoca os espectadores a participarem, fomentando o diálogo e a criatividade. A apresentação inclui projeção em tempo real, manipulação de objetos, imagens e exploração sonora, realizadas in loco. Esta performance pretende promover o gosto pela leitura, enaltecer o lugar da poesia na imaginação e oferecer uma experiência participativa num objeto artístico de cruzamento disciplinar, aos mais novos.
Este objeto artístico surge como forma de dar voz à urgência e à necessidade de um futuro sustentável, enquanto coletivo, apelando à consciência, à ação, ao sentido de vitalidade que nutrimos a partir do mundo que nos rodeia, ao silêncio enquanto forma de escuta ativa e de repouso, à curiosidade e cuidado pelo outro. O formato é desenhado a ser apresentado em sala polivalente ou auditório de forma a potenciar a circulação em escolas, em encontros literários, em teatros e noutros contextos programáticos, sendo dirigida a crianças e às famílias.
“Ilhas que não constam dos mapas. Ilhas feitas de plástico que flutuam em mares que surgem transparentes e azuis nos folhetos turísticos. Ilhas que são como países; ilhas onde, em vez de viverem avós e netos, mães e pais, primos, vizinhos, professores, cães e floristas, residem garrafas, tampas, cabos, varas, escovas, redes. Ilhas que desabam com o peso e que desistem, precipitando-se nas profundezas dos oceanos.
O que encontra agora o mergulhador?
Um peixe-palhaço de borracha nada, distraído, por entre os braços de uma anémona-do-mar.
Será mesmo uma anémona-do-mar?”
Classificação Etária: M/6
Duração: 50 min.
Ciclo Albardeira | Guilherme Simões x Maria Tristão
27 Nov | 21:30 | 5€
Multidisciplinar | Caixa Palco TMO

Em novembro, o TMO acolhe mais uma edição do CICLO ALBARDEIRA, iniciativa que continua a incentivar a criação artística local, através da criação de sinergias entre artistas locais e nacionais. Nesta edição vai assistir-se ao cruzamento entre a música do oureense Guilherme Simões e a pintura de Maria Tristão, produzindo cenários criativos e multidisciplinares construídos a partir de uma residência artística que irá unir os dois artistas.

No âmbito do projeto “A Meio do Tejo”, o TMO tem a decorrer uma Open Call para a iniciativa “Audiowalk – Percurso pela Paisagem para Escutar, Fotografar e Imaginar”.
“Para onde queremos ir?
Nós entregamos-te uma história para ouvires e uma máquina fotográfica para registares, durante 1 hora, o percurso que decidires fazer na tua cidade.
E agora pensamos juntos: Será a história que eu ouço que guia a minha experiência ou é o meu olhar sobre a paisagem que percorro que reformula a história que escuto?
Será que a história que ouço está terminada ou esta à espera do meu olhar sobre o território para encontrar o seu caminho?
Será que depois desta experiência verei a minha cidade de outra maneira?
Daqui a 1 hora regressa ao ponto de partida. Deixa-nos a máquina fotográfica com as tuas imagens e nós entregamos-te um segredo.
Total de 10 máquinas fotográficas, 10 sistemas de mp3 e QR Codes para utilização do telefone próprio. Se utilizares o teu telefone, traz os teus headphones.”
Esta atividade será desenvolvida na Casa do Administrador – Museu Municipal de Ourém e vai realizar-se no dia 29 de novembro, a partir das 17:00, com participação gratuita (máximo de 20 participantes) e inclusiva (aberta a todas as pessoas), mediante inscrição obrigatória através do e-mail mediacao.tmo@cm-ourem.pt ou do contacto telefónico 964 166 517.
“A Meio do Tejo” é uma coprodução da companhia Terra Amarela com os municípios de Alcanena, Ourém, Sardoal, Tomar e Torres Novas, sob direção artística de Marco Paiva, e tem por princípio uma criação artística participativa e inclusiva, envolvendo comunidades e intérpretes, com e sem deficiência, dos cinco municípios parceiros.
A Meio do Tejo, por Terra Amarela
29 Nov | 21:30 | 7,5€ (descontos aplicáveis)
Teatro | Sala Principal TMO

Quando menos esperávamos apercebemo-nos de um outro lugar.
No meio do Tejo existe um país escondido onde neva ao mesmo tempo que chove, que faz sol e que se levantam vendavais. Entre o desejo de revelar a descoberta e o receio de nos cruzarmo-nos com outros lugares, preparamo-nos para construir sons, diálogos, imagens, gestos e metáforas que consigam explicar o que somos e aquilo que desejamos coletivamente.
As estações do ano guardam muitos países diferentes. Este pais que até aqui esteve escondido no meio Tejo, guarda o Mundo todo.
Classificação Etária: M/12
Duração: 60 min.
BILHETES
Bol.pt (tmo.bol.pt) | Lojas Worten, Fnac, CTT
Bilheteira TMO | 4ª a 6ª | 13:00 – 19:00
Dias de espetáculo | 2 horas antes do início
bilheteira.tmo@cm-ourem.pt | 916 591 231