Ciclo de Cinema | Liberdade a Sério
02 + 09 + 16 + 23 + 30 abr | 21:00 | 3€
Cinema | Sala Estúdio TMO
Aos 50 anos do 25 de Abril, vamos à revolução – por partes. “Só há liberdade a sério”, cantou Sérgio Godinho em 1974, “quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação”. Cinco sessões, cinco princípios. Neste mês, agarramos o cinema que palpita, ferve e respira; um alerta para os direitos conquistados, os projetos sonhados e também os dormentes. Filmes que nos lembram de não tomar as nossas liberdades por garantidas; reptos para as vivermos e defendermos todos os dias.
02 ABR | PAZ
“Nação Valente”, de Carlos Conceição
Só há liberdade a sério quando houver paz – algo que foi negado não só às famílias que se despediram dos filhos, despachados para a Guerra Colonial, como aos territórios que reivindicaram a sua independência durante 13 anos de luta armada. Em “Nação Valente”, o angolano Carlos Conceição não propõe um hino a este período, mas sim um percurso pelas feridas, violências e horrores da luta armada – necessário num Portugla ainda traumatizado, ainda reticente em revisitar o seu passado.
(Guerra e Drama, 2022, 119 min., M/14 + conversa no fim)
09 ABR | PÃO
“A Lei da Terra”, de Coletivo Grupo Zero (longa-metragem)
“O Preço do Trigo”, de D. W. Griffith (curta-metragem com acompanhamento musical ao vivo de Daniela Antunes)
“Ilha das Flores”, de Jorge Furtado (curta-metragem)
Só há liberdade a sério quando houver pão – um princípio que orientou a Reforma Agrária no Alentejo, entre 1974 e 1975. “A terra a quem a trabalha!” é o manifesto de “A Lei da Terra”, que vai da relação vertical entre patrões e trabalhadores, durante o salazarismo, ao arranque das cooperativas com vista à expropriação de terrenos.
Um olhar 360º sobre a luta de classes durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), assinado por dois membros do Colectivo Grupo Zero: Alberto Seixas Santos (realizador de “Brandos Costumes”) e a sueca-portuguesa Solveig Nordlund.
A sessão é antecedida de duas curtas-metragens: “O Preço do Trigo” (D. W. Griffith, 1909)* e o pseudodocumentário “Ilha das Flores” (Jorge Furtado, 1989), histórias de como os humanos deram nova função aos bens alimentares: em vez de nutrir corpos, engordar carteiras.
*A curta-metragem “O Preço do Trigo” será acompanhada de música ao vivo pela percussionista Daniela Antunes.
(Documentário e Drama, “A Lei da Terra”, 1977, “O Preço do Trigo”, 1909, “Ilha das Flores”, 1989, total: 94 min., M/6 + conversa no fim)
16 ABR | HABITAÇÃO
“Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia”, de António da Cunha Telles (longa-metragem)
“Porto, 1975”, de Filipa César (curta-metragem)
Só há liberdade a sério quando houver habitação – um direito que continua, 50 anos depois, sob ameaça. Recuamos a 1976, com António da Cunha Telles (nome essencial do Cinema Novo Português) a guiar-nos pela comunidade piscatória da Meia-Praia, no Algarve. Um documentário sobre as míticas operações SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local), substituindo as barracas da comunidade por casas de pedra. Imagens de um marco na arquitetura portuguesa e na solidariedade popular, devolvendo a dignidade às populações desprotegidas.
A sessão é antecedida da curta-metragem “Porto, 1975”, da cineasta Filipa César. Este é um longo plano-sequência sobre a Cooperativa das Águas Férreas da Bouça, um complexo de habitação social projetado por Álvaro Siza Vieira no programa SAAL.
(Documentário, “Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia”, 1976, “Porto, 1975”, 2010, total: 120 min., M/12 + conversa no fim)
23 ABR | SAÚDE
“Pára-me de Repente o Pensamento”, Jorge Pelicano
Só há liberdade a sério quando houver saúde — física e mental, sabemo-lo cada vez melhor. Neste documentário, Jorge Pelicano entra no Hospital Psiquiátrico Conde de Ferreira – onde foi internado, em 1894, o poeta Ângelo de Lima. É esta personagem que vemos construir, em 2014, o ator Miguel Borges. Para tal, conhece os utentes e atores do grupo de teatro terapêutico, e partilha as suas rotinas: conversas de corredor, as refeições, as sessões de terapia, as pausas para fumar, as contagens de moedas para o café.
(Documentário e Drama, 2014, 101 min., M/6 + conversa no fim)
30 ABR | EDUCAÇÃO
“Ser e Ter”, de Nicolas Philibert
Só há liberdade a sério quando houver educação — não apenas profissional, mas afetiva e humana. É isso que temos a sorte de testemunhar em “Ser e Ter”, que, para surpresa de todos os envolvidos, foi um êxito de bilheteira. Realizado pelo francês Nicolas Philibert, o documentário acompanha um professor a lecionar numa escola de turma única, num meio rural, com crianças entre 4 e 11 anos de idade. Simples e terna, uma carta à infância que tivemos – ou que queríamos ter tido.
(Documentário, 2002, 104 min., M/6 + conversa no fim)
Terminal (O Estado do Mundo), por Formiga Atómica | ESTREIA NACIONAL
06 abr | 21:30 | 7,5€ (descontos aplicáveis)
Teatro | Sala Principal TMO
“Terminal” aponta para uma ideia de fim, como uma “doença terminal”, mas aponta também para uma ideia de ligação para outra coisa, outra dimensão, como é o caso do “terminal rodoviário”, por exemplo. Se queremos concentrar-nos, por um lado, nessa ideia da morte de uma certa visão da humanidade, que se encontra na devastação da natureza por toda a parte – essa festa despudorada do ser humano enquanto tudo arde -, queremos também atravessar o “terminal” para o futuro, procurando vislumbrar uma nova cosmogonia a emergir por força da ameaça da extinção humana. Que faremos quando tudo arde?
Tomando o Teatro pelo Mundo, destruindo-lhe as paredes e colocando-o em estado de sítio, que lugar encontraremos? O que poderá significar a perda de biodiversidade, a escassez de água? Haverá palavras? Alguém na plateia?
Terminal (O Estado do Mundo) é o segundo espectáculo de um díptico em torno da crise climática iniciado em 2021 com O Estado do Mundo (Quando Acordas) e foi precedido por um extenso processo de pesquisa no território ao longo do ano de 2023.
Classificação etária: M/14
Duração: 90 minutos
Preço com desconto: 6€
(desconto JOVEM para menores 30 anos; desconto SÉNIOR para maiores 65 anos; desconto FAMÍLIAS para famílias de 3 ou mais elementos com adulto(s) e criança(s) até aos 12 anos; desconto CULTURAL para alunos e professores de Conservatórios, Academias, Escolas de Artes e Ensino Superior Artístico)
Piripíri Extra Forte, pelo Grupo de Teatro Juvenil do TMO
12 abr | 10:00 + 14:30 | Público Escolar
13 abr | 21:30 | 5€
Teatro | Sala Principal TMO
Antes: David convida Rita para jantar. Rita convida amiga Patrícia, que David não conhece. Vai daí, David convida Mário e também Ricardo, que traz Diana, a namorada. À exceção de Rita, ninguém conhece Patrícia.
Resultado: um jantar de 6 amigos com algumas peripécias em que, entre vinho e pizza, se vai conversando sobre futuro, azeitonas sem caroço, fascismo, exames, balneários, etc. Ao longo desta noite de confrontos, gargalhadas e bocas a arder, vamos encontrando respostas a algumas perguntas: O que aconteceu entre David e Rita? Em que momento começa uma amizade? Para que serve ir ao teatro? E já agora, o que é o amor?
Pela terceira temporada consecutiva o grupo de teatro juvenil do TMO integra o PANOS, palcos novos/palavras novas, uma iniciativa do TNDM II. O projeto PANOS faz parte dos processos formativos e das experiências que vêm a ser desenvolvidas semanalmente no TMO.
Uma criação no âmbito do projeto PANOS, Palcos Novos, Palavras Novas, do Teatro Nacional D. Maria II
Classificação etária: M/14
Duração: 60 minutos
Os Lusíadas de Lisboa à Índia -Ida, por António Fonseca
15 abr | 10:30 + 14:30 | Público Escolar
Poesia | Sala Principal TMO
Esta é a história da primeira viagem de Lisboa à Índia, feita, há mais de quinhentos anos, por cerca de duas centenas de portugueses, comandados por Vasco da Gama. Nada se inventou: esta é uma história verídica reinventada por Camões que restaura e lembra alguns momentos significativos e dramáticos da História de Portugal. Uma aventura empolgante capaz de fazer rir, mas também de comover, pelas suas ressonâncias na história individual e coletiva do país.
Os Lusíadas de Lisboa à Índia – Ida é a primeira parte dessa viagem, a ida, contada hoje pelo ator e encenador António Fonseca, com a música dos versos de Camões.
Classificação etária: M/12
Duração: 90 min.
TINAToNAToA, de Margarida Mestre
17 abr | 10:00 + 11:30 | Público Escolar
Performance | Sala Principal TMO
O que me ocupa o pensamento na maior parte do tempo? Com que tipos de conflito tenho que lidar? O que me tira a liberdade? O que me diverte? Como sou eu dentro do grupo? A que é que não posso escapar? O que me traz à tona de água quando me sinto a afundar? O que me faz continuar…
Estas são algumas perguntas que nos levam a mergulhar na mente e na realidade da nossa atual adolescência, esse momento intenso e obscuro, tímido e revolucionário, misterioso e expansivo. Será que conseguimos dar-lhe um contorno? Será que conseguimos ir ao seu encontro? Porque será isto importante? Encontrámos uma forma de comunicar este turbilhão e detemo-nos por aqui, neste imenso instante.
Classificação etária: M/6
Duração: 50 min.
Estórias do Tiroleu e da Nau Catrineta, por Coração nas Mãos
18 abr | 10:00 + 14:30 | Público Escolar
Multidisciplinar | Sala Principal TMO
A intrépida aventura do Capitão Tiroléu e sua amada Marieta. Como a Nau Catrineta afundou e o amor entre os dois triunfou.
Duas intérpretes, uma pilha de livros, um barquinho de papel.
Uma história através do corpo e do som. Uma ode às brincadeiras de criança.
O que pode acontecer aquando da manipulação de um livro.
Uma homenagem a contos simples e sonhadores inspirados nas histórias (en)cantadas do percussionista brasileiro Naná Vasconcelos.
Classificação etária: M/3
Duração: 40 min
Abril no Jazz, por Big Band do Município da Nazaré + João Afonso
20 abr | 21:30 | 7,5€ (descontos aplicáveis)
Música | Sala Principal TMO
Em 2024, comemoram-se os 50 anos do 25 de Abril e os 25 anos da Big Band do Município da Nazaré. Com base nestas efemérides, surge a ideia quase natural de criar repertório para as comemorar.
A música dita de “Abril” tem, como sabemos, alguns temas associados e desses, uns são de Zeca Afonso. Já muito se fez sobre a obra deste cantautor, no entanto (que tenhamos conhecimento) ainda não foram criados arranjos para Orquestra de Jazz (Big Band) e cantor/a para as suas músicas icónicas.
Foram encomendados arranjos específicos a vários compositores/arranjadores de reconhecido valor no meio artístico ligado ao jazz, para construir um repertório diferenciado e que deixe uma marca na música para estas formações. Para este concerto foi convidado o cantor João Afonso, pela afinidade familiar com o Zeca Afonso, pelas suas qualidades artísticas e pelas características vocais similares.
A Big Band do Município da Nazaré formou-se em 1999 e tem uma formação clássica, sendo composta por 5 Saxofones, 4 Trompetes, 4 Trombones, Piano, Guitarra, Baixo, Bateria e Voz. Esta Big Band fez Concertos em Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha, em diversos Festivais destacando-se: Festival de Jazz de Pontevedra, Festival de Música de Medina del Campo, Jazz às Quintas no CCB, Festa do Jazz no Teatro S. Luíz, Palco 1º de Maio da Festa do Avante, no Hot Club de Portugal, “A Arte da Big Band” em Lisboa e na Casa da Música do Porto.
Conta já com 6 CD gravados, sendo: “Big Band Nazaré” em 2003; “Filme” em 2006; “10 Anos” em 2009;“Best Friends” (gravado ao VIVO no CCC de Caldas da Rainha em 2012); em 2016 o CD “Special Guests”; em 2019 grava “VINTE”, estes receberam os melhores elogios da crítica especializada. Esteve em concerto no TMO em 2022 tendo como convidada a cantora oureense Bia Maria.
Classificação etária: M/6 anos
Duração: 75 minutos
Preço com desconto: 6€
(desconto JOVEM para menores 30 anos; desconto SÉNIOR para maiores 65 anos; desconto FAMÍLIAS para famílias de 3 ou mais elementos com adulto(s) e criança(s) até aos 12 anos; desconto CULTURAL para alunos e professores de Conservatórios, Academias, Escolas de Artes e Ensino Superior Artístico)
Era uma vez um país a preto e branco: Estórias de Abril, por Estórias com Asas
21 abr | 11:00 | Acesso Gratuito
Teatro | Sala Principal TMO
“Nascemos num país a preto e branco”, contaram-me um dia os meus pais. Não percebi logo o que queriam dizer. Descobri depois que o medo apaga as cores, cola-se à pele e arrefece o corpo todo. A Ditadura durou… durou muito tempo e pintou o meu país de preto e branco, um branco tão escuro como a noite. Mas num dia de Abril o coração, ainda quente, de alguns homens devolveu as cores ao meu país. Era uma vez um país de muitas cores (algumas esbatidas…)
Espetáculo criado a partir de factos históricos, registos fotográficos e testemunhos reais (relatos, cartas, diários).
Em “Era uma vez um país a preto e branco: estórias de Abril” fazemos uma viagem ao passado para falarmos do dia-a-dia do nosso país durante a ditadura do Estado Novo e descobrirmos o significado da palavra “Revolução”. – Shttt!… Fala baixo!… Andam por aí uns homens com umas caixas pretas que ouvem tudo… Terão sido esses homens que levaram a minha Mãe para a prisão?… Trago todos os dias a sua fotografia no bolso da camisa, junto do coração… Mas presa porquê, se não roubou nem matou ninguém? Foi presa porque guardava, numa mala de viagem, livros, discos, recortes de jornais?! Foi presa por pensar de maneira diferente?! Por dizer o que pensava?! Mas, afinal, que crimes são estes?”
Com este espetáculo, criado a partir de factos históricos, cartas, diários, estórias e memórias de familiares e amigos, pretendemos que os mais novos sejam capazes de construir uma ponte para o presente, valorizando as conquistas de Abril e refletindo sobre a ideia de uma Liberdade frágil, que precisa de ser cuidada dia-a-dia.
Classificação etária: M/6 | Famílias
Duração: 45 min.
Viva Portugal
21 abr | 17:00 | Acesso Gratuito
Documentário | Sala Estúdio TMO
“Viva Portugal” é um filme de Malte Rauch, Christiane Gerhards, Samuel Schrimbeck, Serge July, sobre o decurso da Revolução dos Cravos.
“Viva Portugal” é a crónica de um ano de Revolução. O filme, rodado de maio de 1974 a maio de 1975, abre com imagens do 25 de Abril transmitidas pela televisão portuguesa e termina com a manifestação do 1º de Maio de 1975. Um ano de esperanças e de lutas que por algum tempo colocaram Portugal na ribalta da opinião pública europeia. “Viva Portugal” foi apresentado em vários países, nomeadamente na televisão e cinemas alemães, em França (em Paris foi cartaz durante várias semanas), em Espanha, clandestinamente, ainda durante o regime de Franco e EUA.
Classificação etária: M/12
Duração: 98 min.
Não, de Giacomo Scalisi
22 abr | 10:00 | Público Escolar
Teatro | Sala Estúdio TMO
NÃO é um espectáculo que nasceu a partir de um diálogo com o escritor Afonso Cruz sobre os seus livros Paz Traz Paz e O Livro do Ano e de alguns textos inéditos que surgiram após trocas de ideias. Desde o início desta criação, havia a clara vontade de falar a todo o público, e em particular às crianças e aos jovens, sobre a importância de se poder pensar em liberdade e de se poder ser humano como um dos melhores antídotos para combater o ódio.
NÃO é como um lembrete de coisas importantes, das quais não nos podemos mesmo esquecer. É a história do ‘sim’ que deveria ter sido ‘não’.
Três mulheres fundem-se numa só para nos explicar que os monstros podem mesmo existir – e que ganham forma com as mais pequenas coisas e com os medos mais infundados. Inicialmente o Instituto das Pessoas Normais defendia que a normalidade vinha da liberdade de cada um ser como é. Ser normal era ser diferente e único. Agora, este Instituto defende que, para evitarmos comportamentos desviantes, devemos todos comportarmo-nos de maneira igual para protegermos as pessoas de bem.
O que é, afinal, ser normal? E o que são pessoas de bem?
Marcado pelo canto polifónico, NÃO mostra-nos que três vozes diferentes são mais belas que o uníssono, e que a harmonia é possível. Escolhemos portanto, face à normalidade que nos cerca, o único caminho que nos parece pouco habitual: RESISTIR.
É isso.
Classificação Etária: M/6
Duração: 60 min.
Uma Ideia de Justiça, pelo Teatro do Bolhão
23 abr | 10:00 + 14:30 | Público Escolar
Teatro | Sala Principal TMO
O que é a justiça? E a injustiça?
Uma Ideia de Justiça, de Joana Providência, com texto de Isabel Minhós Martins, é um espetáculo que traz estas perguntas literalmente para cima da mesa, uma mesa onde se tenta construir uma noção de justiça. À sua volta, há cadeiras especiais para sentar toda a gente: os que têm pernas compridas, os que não conseguem estar quietos, os que vêm sempre e os que não costumam ser convidados. Sobre ela, vários adereços: por exemplo, uma travessa cheia de fruta. Quem tem mais fome? Quem ainda não comeu? Quem tem direito a esta fruta? Levantam-se interrogações parecidas quando são direitos, deveres ou liberdades o que está em cima da mesa. Ao abordar questões como a diversidade, a escolha, a igualdade e a liberdade, o espetáculo quer ser uma ferramenta de construção de justiça. E responder à interpelação de Sophia de Mello Breyner: “Aquele que vê o espantoso esplendor do mundo é logicamente levado a ver o espantoso sofrimento do mundo.”
Classificação etária: M/6
Duração: 45 min
A Viagem, de Filipa Francisco + Rancho Folclórico Casa do Povo de Fátima
27 abr | 21:30 | 7,5€ (descontos aplicáveis)
28 abr | 17:00 | 7,5€ (descontos aplicáveis)
Dia Mundial da Dança | Sala Principal TMO
A VIAGEM problematiza o modo como as manifestações populares aderem e procuram a modernidade, originando novos significados, permitindo nova apropriação e novo entendimento do seu papel nos dias de hoje.
O desejo de trabalhar com grupos de dança tradicional nasceu em viagem. Na primavera de 2009, a convite do Festival de Dança Contemporânea de Ramallah, Filipa Francisco conhece a Companhia de Dança Tradicional e Contemporânea El-Funoun.
“Ao viajar com o grupo pela Palestina, ao assistir aos seus espectáculos em pequenas aldeias, apercebi-me do poder da dança tradicional. Esta dança toca questões tão atuais como entidade, género e liberdade. O ato de dançar para estes jovens era na verdade um grito de liberdade. Uma forma de se libertarem das memórias duras da guerra”
Desta experiência nasce a consciência de que a dança tradicional não tem como fatalidade permanecer à margem da modernidade (nem tão pouco a modernização passa pela anulação das tradições). Sendo uma prática atual, obedece a regras e conjuga outras práticas e processos sociais. É pois neste sentido que o presente projecto ganha particular relevância.
As danças tradicionais encontram-se patentes no imaginário colectivo como expressão de tradições populares regionais, associando-as à arte popular. Detêm relevante e inquestionável importância no que toca à cultura dos povos, pela riqueza que encerram no domínio dos costumes e tradições transmitidos de geração em geração, por via das canções, movimentos e trajares.
Confrontando esta herança viva com percursos na música e na dança contemporânea, Filipa Francisco aprofunda a sua reflexão em torno da função social e política da arte, deslocando mais uma vez o seu trabalho artístico para espaços e linguagens que aumentam as possibilidades de encontro com o público.
Classificação etária: M/6
Duração: 60 minutos
Preço com desconto: 6€
(desconto JOVEM para menores 30 anos; desconto SÉNIOR para maiores 65 anos; desconto FAMÍLIAS para famílias de 3 ou mais elementos com adulto(s) e criança(s) até aos 12 anos; desconto CULTURAL para alunos e professores de Conservatórios, Academias, Escolas de Artes e Ensino Superior Artístico)
BILHETES
Bol.pt (bit.ly/BilheteiraTMO) | Lojas Worten, Fnac, CTT
Bilheteira TMO | 4ª a 6ª | 13:00 – 19:00
Dias de espetáculo | 2 horas antes do início
bilheteira.tmo@cm-ourem.pt | 916 591 231