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Semana da Educação: partilha de experiências e contributos valiosos

19 Abril, 2022

A I Semana da Educação teve início esta terça-feira, em plena Sala Estúdio do TMO. Promovida pelo Município de Ourém e dinamizada pela Divisão de Educação, esta iniciativa estende-se até sexta-feira, com o objetivo de proporcionar à comunidade educativa momentos de partilha e experiências associadas aos projetos desenvolvidos entre escolas e instituições.

O Presidente da Câmara Municipal conduziu a Sessão de Abertura, tomando a palavra para valorizar esta iniciativa e sublinhar a preponderância do trabalho realizado por diretores, professores, assistentes operacionais e demais agentes educativos.

“Entendemos levar a efeito esta iniciativa porque a consideramos muito importante no contexto de um município como o nosso, com a dimensão que tem, espalhado ao longo de 416 km2, onde existem assimetrias que nos convém combater. Neste contexto, acreditamos que será muito útil esta partilha de experiências entre todos os ‘players’ da comunidade educativa: professores, assistentes operacionais, alunos, encarregados de educação”, afirmou Luís Miguel Albuquerque.

Dois milhões de euros investidos no parque escolar

O autarca frisou que “o Município de Ourém tem procurado, dentro das possibilidades, proporcionar as melhores condições possíveis à comunidade escolar”, destacando o investimento realizado nos últimos anos. “Ao nível das instalações, temos feito um grande esforço no sentido de melhorar as existentes. Já investimos mais de 2 milhões de euros na requalificação do parque escolar. O Centro Escolar de Carvoeira foi construído de raiz e em breve terá também início a construção do Centro Escolar de Atouguia. Paralelamente, estamos a trabalhar em mais alguns projetos para dar continuidade a este esforço, sempre em prol dos agrupamentos escolares e dos colégios do nosso Concelho.”

Luís Miguel Albuquerque expressou “uma palavra muito especial aos assistentes operacionais” das escolas do Concelho. “Por vezes, há uma certa tendência para não valorizar o trabalho que fazem, mas os assistentes operacionais são fundamentais em cada escola e em cada agrupamento”, considerou.

O Presidente da Câmara terminou a sua intervenção elogiando o empenho dos técnicos municipais na organização desta I Semana da Educação. “Aqui deixo uma palavra especial também para a nossa Divisão de Educação, na pessoa da Senhora Vereadora Micaela Durão. Obrigado pela forma como se envolveram e empenharam para que tudo possa correr da melhor forma”, vincou, estendendo o agradecimento aos agentes educativos envolvidos nesta operação: “Quero agradecer, também, a todos aqueles que aqui estão e que se disponibilizaram para partilhar experiências e conhecimentos connosco, para nos dizerem onde podemos melhorar. Temos consciência que ainda podemos melhorar muito na nossa ação e estaremos mais perto de o conseguir através destas trocas de experiências.”

Conferência “Educação no Presente: Desafios e Perspetivas para o Futuro”
Sob a moderação de Paulo Macedo, Diretor do Agrupamento de Escolas Templários, Agripina Carriço Vieira, Diretora do Centro de Formação “Os Templários”, e Maria Luísa Oliveira, Gestora da Academia Plano Nacional de Artes, debateram sobre o tema, numa conferência bastante participada e enriquecida pelos contributos dos convidados.

Ao longo de mais de duas horas, foram debatidas inúmeras questões prementes da atualidade, com especial enfoque na pandemia de Covid-19 e nas alterações decorrentes deste flagelo.

“Radiografia 100% fiel”

A Vereadora da Educação protagonizou a Sessão de Encerramento deste primeiro dia, agradecendo “aos oradores e a todos os que assistiram à Sessão de Abertura e à Conferência, presencialmente ou através da transmissão online”.

“Depois desta sessão, há uma palavra que fica: desassossego. Efetivamente, antes da pandemia as escolas já eram um desassossego. Aliás, na minha opinião, as escolas sempre foram um desassossego. Um desassossego saudável e é bom que assim seja. Seja com a pandemia ou com o que vier, a escola vai ser sempre um local de desassossego. A pandemia veio abanar as escolas e criar muitas dificuldades e grande constrangimentos”, considerou.

Micaela Durão elogiou a clareza de ideias e a generosidade do contributo manifestado pelas oradoras, pelo moderador e pelos muitos convidados que fizeram questão de enriquecer a conferência. “Na minha opinião, o objetivo desta sessão foi cumprido. O que se pretendia era precisamente isto. Fazermos uma reflexão séria, falarmos das dificuldades que sentimos, partilhar experiências e perspetivas para o futuro. Ficou aqui feita uma radiografia 100 por cento fiel do que foi acontecendo nas nossas escolas durante a pandemia. Os professores voltaram a dar provas daquilo que são capazes de fazer. Mostraram que são capazes de reinventar-se de uma forma incrível, perante as dificuldades. Há males que vêm por bem. A pandemia não é propriamente um bem, mas pelo menos obrigou a nossa sociedade a refletir e a pensar que há coisas que têm mesmo de ser alteradas.”

Plateia ilustre

Ainda antes de dar início à sua intervenção, Luís Miguel Albuquerque, agradeceu a presença de todos os convidados, entre os quais se destacava o Executivo Municipal, presidentes de Junta ou união de freguesias, bem como outros representantes das autarquias locais, diretores de agrupamentos e colégios do Concelho, pessoal docente e não-docente, agentes da autoridade e forças de segurança, representantes das associações de pais e alunos, entre outros ilustres convidados.

Contributos enriquecedores

O Conservatório de Música e Artes do Centro aceitou o desafio do Município e contribuiu para o enriquecimento cultural da sessão. A primeira interpretação foi da responsabilidade de Miriam Gonçalves, de 10 anos, aluna do 1.º Grau, a frequentar o Regime Articulado com o Conservatório de Música e Artes do Centro em articulação com a Escola Básica e Secundária de Ourém. Miriam tocou a peça Torre do Relógio, o primeiro andamento da quarta sonatina do Professor Diogo Santos. Tomás Eusébio, de 11 anos, aluno do 2.º Grau, frequenta a Escola de Santa Catarina da Serra em Regime Articulado com o Conservatório de Música e Artes do Centro. Acompanhado ao piano pelo professor, interpretou a peça Country Pop de Joan Alfaras.

 

A OUREARTE – Escola de Música e Artes de Ourém também contribuiu para a culturalidade do momento, graças ao contributo do professor Tiago Alves (clarinete) e das alunas Mariana Flores (oboé) e Micaela Silva (fagote), que interpretaram 5 pièces en trio, de Jacques Ibert, primeiro, segundo e quinto andamento.

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