Esta segunda-feira, 03 de julho, o Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, convocou a Comunicação Social para uma Conferência de Imprensa relativa ao Festival de Setembro 2023, no qual o tema desta edição é “Nós, Migrantes”, e que irá decorrer entre os dias 08 e 10 de setembro, na Vila Medieval de Ourém.
Transcrevemos aqui na íntegra a declaração apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal, Luís Miguel Albuquerque.
“De 8 a 10 de setembro de 2023, a Vila Medieval de Ourém será novamente palco do Festival de Setembro, um festival multidisciplinar e multicultural. A organização é do Município de Ourém com várias parcerias institucionais, académicas e culturais de âmbito nacional e local, como são o exemplo do Alto Comissariado para as Migrações e o Observatório da Emigração. Este festival parte da identidade de Ourém, refletida no seu Castelo e no seu centro histórico para, em ambiente de festa e por via da fruição cultural, abordar a relação entre o Património Cultural, a História do Lugar e o diálogo entre povos e culturas.
“Nós, Migrantes” foi o tema escolhido para inspirar a edição de 2023. Este tema apoia-se nas vivências e experiências dos emigrantes oureenses, no passado e no presente, nas relações sociais e de cooperação que tão bem têm sabido manter com outros povos ao longo da história, e nos ganhos culturais, sociais e económicos, que as conquistas em diáspora têm proporcionado a este concelho.
Ao longo de três dias, o programa integrará um conjunto temático e plural de iniciativas culturais, de divulgação científica e de lazer, entre as quais um seminário, conferências, exposições, concertos, teatro, visitas ao património cultural, literatura, cinema, instalações artísticas, artesanato e degustação de gastronomia inspirada em 5 países de destino da emigração oureense: França, Inglaterra, Brasil, Angola e Moçambique.
São de destacar os espetáculos de Aline Frazão, Selma Uamusse e Luca Argel, artistas oriundos de Angola, Moçambique e Brasil, respetivamente, o espetáculo teatral O descanso da tua voz onde é proposto um encontro entre os atores e os espectadores, de igual para igual, ou o espetáculo Une Histoire Bizarre um teatro com migrantes, de 8 países diferentes, sobre partir, chegar, esperar e reconstruir. Nas manhãs de sábado e domingo estarão disponíveis várias iniciativas direcionadas às famílias, nomeadamente a “hora do conto” e ainda um encontro com a autora do livro Emigração. Que palavra esquisita! Marta Pinto, e o espetáculo Sopa de Jerimu, que aliás termina com a confeção de uma sopa. Não deixamos de referir também a questão do cinema, com a exibição de vários filmes durante os dias do festival. De destacar Great Yarmouth de João Canjo, e Je suis partout et nulle part à la fois contando com a presença da realizadora Amandine Desille.
A temática das conferências focar-se-á naturalmente nas questões já anteriormente propostas e contam com a parceria do Alto Comissariado para as Migrações e o Observatório da Emigração.
A organização deste festival apenas faz sentido e garante o seu sucesso porque contará com a participação efetiva da comunidade de Ourém, seja através da realização de espetáculos, da dinamização de espaços de gastronomia e artesanato, da cenografia do espaço público, da partilha de testemunhos pessoais, da intervenção em debates e conversas informais e, não menos importante, da fruição desta festa. Este festival foi pensado para envolver todos, sem exceção, na sua preparação e fruição, desde os mais novos aos mais velhos; coletividades, entidades económicas, culturais e sociais; instituições e pessoas individuais; residentes, emigrantes e visitantes.”
Programa completo disponível aqui.